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Medicina - Acupuntura - O que é?
Medicina Chinesa (Alternativa Saúde)
O que é Medicina Ortomolecular
Imagine duas folhagens, cada uma num vaso. Num deles você simplesmente colocou terra, plantou a folhagem, regou de vez em quando e deixou o resto por conta do acaso. No outro você juntou nutrientes à terra, fez regas periódicas, eliminou pragas e ervas daninhas, protegeu a planta do vento e do excesso de sol.
Qual das folhagens teve melhores condições para se desenvolver?
Obviamente, a do segundo vaso.
Pois assim age a Medicina Ortomolecular. Nosso organismo é formado por substâncias químicas que interagem o tempo todo, cumprindo inúmeras funções para a manutenção da saúde: reparam células, facilitam o funcionamento dos órgãos etc. Utilizando complementos de vitaminas, minerais, ervas e outras substâncias benéficas, a Medicina Ortomolecular é uma importante aliada de nosso organismo na luta contra doenças e agentes agressores.
● Como a Medicina Ortomolecular funciona?
Depois de realizados alguns exames é feita uma minuciosa avaliação de cada paciente, onde constatamos o nível de desgaste do organismo e o grau de carência de elementos químicos essenciais. A partir desses dados, caso seja necessário, é estabelecido um programa de suplementação com substâncias naturais para restituir o equilíbrio orgânico.
● Quais as vantagens da Medicina Ortomolecular?
Ter saúde não é o mesmo que não estar doente. Ser saudável inclui também:
▪ vitalidade, disposição e um cérebro ágil, capaz de responder aos desafios do dia-a-dia;
▪ capacidade máxima de memória;
▪ um sono reparador, que permita ao organismo recuperar-se do desgaste cotidiano;
▪ um sistema digestivo em ótimo estado, capaz de absorver os nutrientes e eliminar as toxinas presentes nos alimentos;
▪ plena capacidade de resposta não apenas a agentes agressores do corpo – sejam eles físicos (como radiações ionizantes), biológicos (como bactérias, fungos e vírus) e químicos (como metais pesados ou poluentes presentes no ar, água e alimentos) –, mas até a atitudes mentais negativas e pensamentos “tóxicos”.
É óbvio que não basta ingerir algumas substâncias para atingir esse estado de equilíbrio. Muitas vezes também é preciso mudar hábitos de vida. Eis algumas sugestões:
▪ abandonar o sedentarismo e praticar atividade física adequada;
▪ lembrar-se de beber água diariamente na quantidade apropriada;
▪ dizer “não” a substâncias sabidamente nocivas; e
▪ adotar atitudes otimistas, focando a mente em pensamentos positivos.
A expressão "Medicina Ortomolecular" foi criada e consagrada pelo bioquímico americano Linus Pauling (1901-1994), laureado com o Prêmio Nobel de Química em 1954 e com o Nobel da Paz em 1962. O objetivo da Medicina Ortomolecular é a correção das carências nutricionais, equilibrando a bioquímica do organismo e prevenindo o aparecimento de muitas doenças. Além disso, ela também complementa e otimiza qualquer tratamento indicado pela medicina convencional.
Todas as pessoas que desejam manter-se saudáveis podem se beneficiar da Medicina Ortomolecular – em especial quem apresenta sintomas de desgaste orgânico não associados a alguma doença específica. Os sintomas mais comuns do desgaste são os seguintes:
▪ falta de motivação;
▪ perda de memória;
▪ dificuldades sexuais;
▪ sono não-reparador;
▪ infecções repetitivas; e
▪ sinais e sintomas de estresse.
Além de utilizar a Medicina Ortomolecular para aprimorar a performance, muitos atletas e freqüentadores de academias de ginástica encontram nela uma alternativa ao consumo indiscriminado de aditivos alimentares que, como se sabe, podem "detonar" o organismo.
Embora nenhum complexo de micronutrientes possa substituir um estilo de vida saudável e equilibrado, é inegável a contribuição da Medicina Ortomolecular no combate aos chamados radicais livres. Em excesso, esses radicais – fruto de alimentação inadequada, fumo, álcool, exposição demasiada ao sol, poluição, metais de transição e tóxicos – vencem a defesa celular e provocam chamado estresse oxidativo, danificando e tornando inoperantes milhões de células.
Poluição, excesso de radiação solar, uma dieta nutricionalmente desbalanceada, sedentarismo e estresse são alguns fatores que estimulam a formação de radicais livres. Também favorecem a formação de radicais livres a ingestão de frutas e verduras com agrotóxicos, o consumo excessivo de sal, açúcar e cereais refinados, a utilização de aditivos alimentares e a ênfase em alimentos cozidos, em detrimento de alimentos crus.
● O organismo não consegue enfrentar sozinho essas mudanças?
Nosso organismo possui um extraordinário mecanismo de compensação e reequilíbrio para combater os radicais livres. A eficiência desse mecanismo, no entanto, diminui à medida que envelhecemos e na presença de doenças.
É exatamente nesse momento, como importante aliada da alimentação equilibrada e da prática de atividade física no combate aos radicais livres, que lançamos mão da Medicina Ortomolecular. O uso orientado de substâncias antioxidantes fortalece as defesas imunológicas, melhora a saúde das células e reativa as funções orgânicas.
● O tratamento da Medicina Ortomolecular é sempre de longo prazo?
Alguns efeitos benéficos do tratamento ortomolecular, como o aumento da disposição, do ânimo e da libido, bem como a melhora do sono e da performance física, aparecem logo nas primeiras semanas. Mas cada organismo tem uma velocidade diferente de resposta e por isso varia também o período de suplementação nutricional. Também influem nesse prazo a determinação da pessoa em mudar seus hábitos e atitudes, praticando atividade física, melhorando a qualidade da alimentação, parando de fumar etc.
● Qual a importância da alimentação na produção de radicais livres?
Nossos antepassados tinham uma alimentação muito diferente da nossa. Para ilustrar essa diferença basta lembrar que durante 2,5 milhões de anos a humanidade ingeriu apenas alimentos crus – eles só passaram a ser cozidos, assados ou fritos nos últimos 500 mil anos. E atualmente, pelo menos nas sociedades ditas desenvolvidas, é raro alguém optar por alimentos crus, do café da manhã ao jantar.
Esse fato tem prós e contras. Se graças ao calor do fogo podemos saborear, por exemplo, feijão, lentilha ou ervilhas secas – que nosso organismo não digere se estiverem crus –, por outro lado o excesso de cozimento gera perdas nutricionais.
O excesso de calor destrói 40% das vitaminas A e D presentes nos alimentos, cerca de 60% da vitamina E, 80% do ácido fólico e da vitamina B1, e 100% da vitamina C. Já o refino faz com que os cereais percam de 60% a 80% de seu valor nutritivo e até 90% das fibras.
Outro fator que gera desequilíbrio na alimentação humana é o consumo excessivo de sal e açúcar branco, sem falar na adição de substâncias químicas aos alimentos – os chamados aditivos alimentares.
Analisemos o exemplo do açúcar. Durante milênios nossos antepassados consumiram uma média diária de
Quando surgiu o açúcar branco ou refinado houve uma mudança brusca. Esse tipo de açúcar sobrecarrega o organismo com 10 vezes mais frutose do que ele está habituado a processar e o resultado é um sério desequilíbrio na proporção dos açúcares que ingerimos – e um importante estímulo à formação de radicais livres.
● Para tomar suplementos, vitaminas e minerais é preciso orientação médica?
A administração de vitaminas e sais minerais pode ser um valioso instrumento terapêutico, mas necessita de orientação médica porque envolve riscos.
Eis alguns exemplos:
▪ Ingerir vitamina E todos os dias, por um longo período de tempo, pode inibir as defesas orgânicas encarregadas de eliminar radicais livres. Outro detalhe: a vitamina E deve ser ingerida sob a forma de Alfa-Tocoferol (com “ol” no final). Se estiver sob a forma de Alfa-Tocoferil (com “il” no final), só se deve fazer uso dela com orientação médica, porque é prejudicial à saúde.
▪ O Beta-Caroteno, um precursor da vitamina A, não tem contra-indicações mesmo se ingerido em doses relativamente altas. A vitamina A, por outro lado, se tomada durante muito de tempo, pode provocar intoxicação. Infelizmente, alguns polivitamínicos “milagrosos” misturam Beta-Caroteno e vitamina A em doses que podem causar intoxicação em médio e longo prazo.
▪ A ingestão de ferro só se justifica se a pessoa tiver certos tipos de anemia, o que só pode ser verificado por exame clínico e laboratorial. O ferro é um potente oxidante, facilitando a formação de radicais livres. Exatamente o inverso do que se deseja com a abordagem ortomolecular
▪ Embora o complexo B não envolva grandes complicações, vitamina B12 em excesso aumenta o apetite e engorda. Quem sofre de gota e/ou cálculo renal não deve exagerar na ingestão de vitamina C, mesmo que ela pareça ser realmente benéfica para aumentar a resistência do organismo. A vitamina C também pode alterar o resultado de alguns exames de laboratório, eventualmente comprometendo o diagnóstico médico.