O leite, tantas vezes definido como "o alimento perfeito", está longe de o ser. Basta lembrar que não contém ferro, vitamina C e outros nutrientes essenciais.
Outro aspecto a ter em conta é que além das alergias (por exemplo intolerância às proteínas do leite ou à lactose que se manifesta por vómitos, diarreia, desidratação, dores de estômago, etc.) provocadas pelo leite de vaca, vários estudos apontam também para o facto de existir uma relação directa entre o consumo de leite e o aparecimento da diabetes juvenil (diabetes tipo1 ou mellitus).
A diabetes é uma doença que está a atingir cada vez maior número de pessoas e que também está a surgir cada vez mais cedo. Recentes estudos apontam números preocupantes: de 194 milhões de doentes actualmente, estima-se que se atinjam 333 milhões em 2025.
A diabetes surge em duas formas, tipo I e tipo II. O primeiro tipo surge principalmente nas crianças e adolescentes, representando 5-10% do número total de diabéticos no mundo. O tipo mais comum é o II, quando a doença surge na idade adulta. A principal diferença entre as duas formas da patologia é o facto de os diabéticos tipo I não produzirem níveis suficientes de insulina, enquanto os diabéticos tipo II produzem insulina, mas o seu organismo não a usa de forma apropriada.
A diabetes I afecta todos os sexos, raças e idades, sendo que actualmente surge cada vez com mais frequência na infância e sobretudo na adolescência. Quem sofre deste tipo de diabetes é insulinodependente, pois produz-se um défice muito importante na produção de insulina do pâncreas. Como sem a insulina não se sobrevive, a criança diabética necessita, geralmente, de duas ou mais injecções de insulina.
Esta doença endócrina manifesta-se geralmente por sede, aumento de urina, emagrecimento, cansaço e aumento do apetite. O seu tratamento passa por uma dieta adequada (suprimir os açúcares e outros hidratos de carbono de absorção rápida, não estar mais de 3 horas sem comer, etc.), insulina, exercício físico regular, autocontrolo e informação das crianças e dos educadores.
Vários estudos realizados nos últimos anos apontam para uma relação entre o consumo de lacticínios na infância e o aparecimento de diabetes. Constatou-se que os diabéticos tipo1 produzem anticorpos contra as proteínas do leite, o que é raro acontecer em pessoas saudáveis. De 142 crianças diabéticas testadas num estudo recente, 100% apresentavam níveis elevados de um anticorpo contra a proteína do leite de vaca. Acredita-se que estes anticorpos destruam as células produtoras de insulina do pâncreas. O elevado consumo de leite aumenta, pois, a probabilidade de desenvolver diabetes mellitus.
Excertos de alguns artigos publicados em revistas de especialidade sobre a relação entre o leite e a diabetes infantil:
"Estudos sugeriram que a albumina sérica bovina é a proteína do leite responsável pelo surgimento da diabete. (...) Pacientes com diabete mellitus dependentes de insulina produzem anticorpos contra as proteínas do leite bovino, anticorpos estes que participam do desenvolvimento da disfunção pancreática. (...) No total, os nossos estudos indicam que uma resposta activa em pacientes com IDDM - diabete mellitus imuno-deficiente (quanto à proteína bovina) é característica da reacção auto-imune."
(New England Journal of Medicine, 30 de Julho de 1992)
"Em vista das evidências recentes de que a proteína do leite bovino pode estar envolvida na patogénese da diabete mellitus, acreditamos que o Comité de Nutrição deveria esclarecer se o leite de vaca é realmente apropriado para crianças e se os leites modificados para bebés, baseados na proteína do leite bovino, são ou não alternativas adequadas ao leite da mãe."
(Pediatrics, Julho de 1992)
"Anticorpos contra a betacaseína bovina encontram-se em mais de um terço dos pacientes de IDDM (diabete mellitus imuno-deficiente) e são relativamente inexistentes em indivíduos saudáveis."
(LANCET, Outubro de 1996)
"As proteínas do leite de vaca são únicas num determinado aspecto: em países industrializados, são as primeiras proteínas estranhas que penetram no sistema digestivo do bebé, já que a maioria dos leites modificados para lactentes se baseiam no leite de vaca. O primeiro estágio piloto para o nosso estudo da prevenção da diabetes descobriu que a exposição oral às proteínas do leite bovino na primeira infância resultou em resposta tanto celular quanto imune (...) isto sugere a possível importância do sistema imunológico intestinal na patogénese da diabetes."
(LANCET, 14 de Dezembro de 1996)
"A introdução de lacticínios e o elevado consumo de leite durante a infância pode aumentar o risco da criança desenvolver a diabetes juvenil."
(Diabetologia, 1994)
Outro aspecto a ter em conta é que além das alergias (por exemplo intolerância às proteínas do leite ou à lactose que se manifesta por vómitos, diarreia, desidratação, dores de estômago, etc.) provocadas pelo leite de vaca, vários estudos apontam também para o facto de existir uma relação directa entre o consumo de leite e o aparecimento da diabetes juvenil (diabetes tipo1 ou mellitus).
A diabetes é uma doença que está a atingir cada vez maior número de pessoas e que também está a surgir cada vez mais cedo. Recentes estudos apontam números preocupantes: de 194 milhões de doentes actualmente, estima-se que se atinjam 333 milhões em 2025.
A diabetes surge em duas formas, tipo I e tipo II. O primeiro tipo surge principalmente nas crianças e adolescentes, representando 5-10% do número total de diabéticos no mundo. O tipo mais comum é o II, quando a doença surge na idade adulta. A principal diferença entre as duas formas da patologia é o facto de os diabéticos tipo I não produzirem níveis suficientes de insulina, enquanto os diabéticos tipo II produzem insulina, mas o seu organismo não a usa de forma apropriada.
A diabetes I afecta todos os sexos, raças e idades, sendo que actualmente surge cada vez com mais frequência na infância e sobretudo na adolescência. Quem sofre deste tipo de diabetes é insulinodependente, pois produz-se um défice muito importante na produção de insulina do pâncreas. Como sem a insulina não se sobrevive, a criança diabética necessita, geralmente, de duas ou mais injecções de insulina.
Esta doença endócrina manifesta-se geralmente por sede, aumento de urina, emagrecimento, cansaço e aumento do apetite. O seu tratamento passa por uma dieta adequada (suprimir os açúcares e outros hidratos de carbono de absorção rápida, não estar mais de 3 horas sem comer, etc.), insulina, exercício físico regular, autocontrolo e informação das crianças e dos educadores.
Vários estudos realizados nos últimos anos apontam para uma relação entre o consumo de lacticínios na infância e o aparecimento de diabetes. Constatou-se que os diabéticos tipo1 produzem anticorpos contra as proteínas do leite, o que é raro acontecer em pessoas saudáveis. De 142 crianças diabéticas testadas num estudo recente, 100% apresentavam níveis elevados de um anticorpo contra a proteína do leite de vaca. Acredita-se que estes anticorpos destruam as células produtoras de insulina do pâncreas. O elevado consumo de leite aumenta, pois, a probabilidade de desenvolver diabetes mellitus.
Excertos de alguns artigos publicados em revistas de especialidade sobre a relação entre o leite e a diabetes infantil:
"Estudos sugeriram que a albumina sérica bovina é a proteína do leite responsável pelo surgimento da diabete. (...) Pacientes com diabete mellitus dependentes de insulina produzem anticorpos contra as proteínas do leite bovino, anticorpos estes que participam do desenvolvimento da disfunção pancreática. (...) No total, os nossos estudos indicam que uma resposta activa em pacientes com IDDM - diabete mellitus imuno-deficiente (quanto à proteína bovina) é característica da reacção auto-imune."
(New England Journal of Medicine, 30 de Julho de 1992)
"Em vista das evidências recentes de que a proteína do leite bovino pode estar envolvida na patogénese da diabete mellitus, acreditamos que o Comité de Nutrição deveria esclarecer se o leite de vaca é realmente apropriado para crianças e se os leites modificados para bebés, baseados na proteína do leite bovino, são ou não alternativas adequadas ao leite da mãe."
(Pediatrics, Julho de 1992)
"Anticorpos contra a betacaseína bovina encontram-se em mais de um terço dos pacientes de IDDM (diabete mellitus imuno-deficiente) e são relativamente inexistentes em indivíduos saudáveis."
(LANCET, Outubro de 1996)
"As proteínas do leite de vaca são únicas num determinado aspecto: em países industrializados, são as primeiras proteínas estranhas que penetram no sistema digestivo do bebé, já que a maioria dos leites modificados para lactentes se baseiam no leite de vaca. O primeiro estágio piloto para o nosso estudo da prevenção da diabetes descobriu que a exposição oral às proteínas do leite bovino na primeira infância resultou em resposta tanto celular quanto imune (...) isto sugere a possível importância do sistema imunológico intestinal na patogénese da diabetes."
(LANCET, 14 de Dezembro de 1996)
"A introdução de lacticínios e o elevado consumo de leite durante a infância pode aumentar o risco da criança desenvolver a diabetes juvenil."
(Diabetologia, 1994)
Referências:
Guia Familiar da Saúde, International Masters Publishers
Folheto Diabetes Infantil, de Menarini Diagnósticos, Lda.
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