A polêmica dos transgênicos tem argumentos consistentes de um lado e do outro. Conheça o que falam os que condenam o cultivo e os que o apóiam.
Prós
- O alimento geneticamente modificado pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através das plantas modificadas geneticamente para produzirem vacinas ou iogurtes fermentados com OGMs que estimulem o sistema imunológico. Um feijão com a inserção de um gene da castanha do Pará, por exemplo, passa a produzir metionina, um aminoácido essencial para a vida.
- O uso de transgênicos pode reduzir o uso dos agrotóxicos (herbicidas, inseticidas e fungicidas) mais danosos, que podem causar sérios problemas aos seres vivos e a produção agredirá menos o meio ambiente.
- As plantas geneticamente modificadas podem adquirir resistência ao ataque de insetos, de pragas e à seca ou até mesmo tornarem-se menos vulneráveis à geada.
- Através da resistência obtida, a planta sofre menos interferências de pragas e doenças, aumentando, assim, a produtividade agrícola através do desenvolvimento de lavouras mais produtivas e menos onerosas.
- Outro ponto é o aumento de produção de alimentos, que alguns especialistas afirmam poder reduzir o problema da fome. Esse aumento ainda poderia reduzir os custos de produção, facilitando assim a vida do agricultor.
- O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afetados.
- Há um considerável aumento do número de casos de pessoas alérgicas a determinados alimentos em virtude das novas proteínas que são produzidas pela alteração genética dos alimentos.
- Além dos riscos à saúde, também há os riscos ambientais como o aumento considerável de resíduos de pesticidas, pois alguns dos produtos transgênicos adquirem resistência aos efeitos dos agrotóxicos, necessitando de um uso mais intenso do agrotóxico, e os restos poderão escoar para os rios e solos, contaminando o lençol freático e diminuindo a potabilidade da água. Um exemplo é a soja transgênica “Roundup Ready”, resistente ao herbicida Roundup (glifosato).
- A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninha sempre é maior em áreas que plantam o mesmo tipo de cultivo (monocultura). Quanto maior for a variedade genética no sistema da agricultura, mais este sistema estará adaptado para enfrentar pestes, doenças e mudanças climáticas que tendem a afetar apenas algumas variedades.
- Pragas e doenças poderão tornar-se resistentes se houver a transferência do gene resistente para eles.
- Alguns organismos que eram antes cultivados para serem usados na alimentação estão sendo modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Essas plantas modificadas poderiam fazer uma polinização cruzada com espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas exclusivamente na alimentação.
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